quinta-feira, 25 de março de 2010

Dia 11 – 25/03/2010


Colossenses 1:19-20
"Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão nos céus, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz."

Estes dois versículos confirmam uma verdade reiteradamente evidenciada na Palavra: a morte de Cristo na cruz ocorreu por vontade de Deus. Quer dizer, Deus quis enviar seu próprio Filho ao mundo para morrer. Isso faz algum sentido?

É preciso esclarecer um aspecto: se é verdadeira a afirmação de que Deus quis enviar Jesus ao mundo para morrer, tal postulado não pode ser levado ao extremo de significar que, em última instância, Deus é autor do pecado. Sim, porque muitos podem pensar: "bom, já que Deus quis que Jesus morresse e que Jesus só morreu por causa do pecado, então Deus quis que o homem pecasse; sendo a Sua vontade soberana, o homem sequer teve opção e finalmente pecou."

Para os cristãos, tal raciocínio pode parecer absurdo, mas é comum encontrarmos pessoas que pensem assim, sustentando suas teses em um fatalismo injustificado. Em verdade, o que as Escrituras mostram é um Deus maravilhoso, gracioso e amoroso com um plano perfeito de redenção para a humanidade caída.

Esse plano de redenção, contudo, foi doloroso. Exigiram-se sangue, sofrimento e morte. Não houve desconto: o preço foi integralmente pago. A questão é que foi pago pelo único que não era devedor.

Jesus Cristo cumpriu a vontade do Pai, apesar da extrema dificuldade da missão a ele confiada. Mediante o seu sacrifício, restabeleceu a paz entre Deus e o homem. A vontade original do Pai para a humanidade não incluía o pecado e, consequentemente, também não incluía o sacrifício do Filho.

Aí reside a maravilhosa graça de Deus: aceitar uma mudança de planos, ainda na eternidade, pelo amor com que nos amou, a fim de estabelecer uma nova direção em sua soberania para resgatar seres tão indignos como você e eu. Para tanto, não poupou seu único Filho, mas o entregou completamente e sem reservas.

Entregue-se a esse Deus tremendo assim também, sem reservas, sem restrições. Entregue tudo. O Pai entregou o Filho por você. Jesus entregou a si mesmo por você. Você pode ter paz com Deus hoje, agora. Talvez seja necessário apenas uma coisa: mudar de planos, como Deus fez para te salvar. E agora, faz sentido?

Abraços, que Deus te abençoe e até amanhã (faltam 55 dias e 75 versículos)!


quarta-feira, 24 de março de 2010

Dia 10 – 24/03/2010


Colossenses 1:17-18
"Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia."

Se ontem meditamos sobre o fato de tudo o que existe haver sido criado por meio de Jesus, hoje percebemos que esta mesma criação também se sustenta nele. Ou seja, além de criador, Cristo é também mantenedor da criação.

Talvez não impressione tanto afirmar que tudo subsiste em Cristo como impressiona dizer que tudo foi criado nele, por meio dele e para ele. O fato, porém, é que não é nada simples sustentar em equilíbrio - ainda que aparentemente só haja caos - todo o universo e, principalmente, a realidade do mundo espiritual. Cristo reina à destra do Pai, que lhe deu todo o poder, nos céus e na terra, para governar sobre tudo.

O aspecto mais sensacional desse governo é o seu exercício sobre a Igreja. O texto acima ensina que Jesus é a cabeça da Igreja, sendo esta, por sua vez, o corpo de Cristo. Como cabeça, ele oferece a direção, o sentido, a razão, as motivações, enfim, todas as diretrizes para uma vida abundante e saudável de todo o corpo.

Finalmente, o trecho mostra a supremacia de Jesus sobre todas as coisas, decorrente justamente de sua vitória sobre a morte. Essa vitória levou o inferno ao desprezo e à humilhação e exaltou a Cristo sobre tudo que há. Apesar de popularmente existir a falsa impressão de que Jesus só passou a existir quando nasceu neste mundo de Maria, sabemos que ele sempre existiu e que, na eternidade, nos amou a ponto de se submeter à sofrida missão delegada pelo Pai, a qual foi cumprida plenamente por ele na cruz.

Glórias a Deus por seu amor revelado em Cristo. Todo poder, toda honra, todo louvor e toda glória sejam ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Àquele que era, àquele que é e que há de vir sejam o domínio, a força e a majestade para sempre, amém!

Abraços, que Deus te abençoe e até amanhã (faltam 56 dias e 77 versículos)!

terça-feira, 23 de março de 2010

Dia 9 – 23/03/2010


Colossenses 1:15-16
"Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele."

O pastor da minha igreja, Alcides Martins Jr., sempre repete, ao falar do valor da encarnação de Cristo, que "Deus se fez gente" em Jesus. De fato, é um mistério maravilhoso o fato de o próprio Deus haver aceitado submeter-se a tamanha humilhação. De todo modo, a verdade é que Jesus Cristo foi, enquanto esteve na Terra, a imagem visível do Deus invisível.

No entanto, ainda que não mais esteja aqui sob forma humana, Jesus Cristo continua sendo, porque sempre foi, a imagem de Deus. Ele e o Pai são um. Jesus revela o caráter e os atributos de Deus a nós -lembrando que apenas apreendemos parcialmente tais revelações, por enquanto.

Interessante notar que outras passagens das Escrituras ratificam a afirmação de Paulo de que a criação foi feita "por", "em" e "para" Jesus. Exemplos são encontrados no Evangelho de João: "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez" (Joaõ 1:3); "A vida estava nele" (João 1:4).

O comentário da Bíblia Shedd relativo ao texto de Romanos 11:36 ("Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!") explica que Deus é a fonte (dele), o veículo (por ele) e o fim, a finalidade (para ele) de todas as coisas.

Isso nos leva a questionar se, em nossas vidas, temos fundamentado nossas atitudes e nossas crenças em tais princípios. Quero dizer, se tudo vem de Deus, é de Deus e é para Deus, minha conduta, meus pensamentos, minhas motivações e meus propósitos estão incluídos no pacote. Preciso submeter-me integralmente ao senhorio de Cristo sobre mim.

Não é algo simples, mas é necessário e altamente recomendável - afinal, ninguém mais recomendável para gerir minha existência do que Aquele que lhe deu origem e a faz subsistir.

Abraços, que Deus te abençoe e até amanhã (faltam 57 dias e 79 versículos)!

PS: para quem não sabia, sim, eu realmente gosto muito de Hillsong! Além disso, a música tem total pertinência com a meditação de hoje, porque narra o louvor de toda a criação a Jesus - para ele tudo foi feito, por isso a criação o exalta. Aleluia!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia 8 – 22/03/2010

Colossenses 1:13-14

"Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados."


A partir destes versículos, Paulo inicia uma exaltação à pessoa e à obra de Cristo, que continuará de forma mais evidente entre os versos 15 e 22. O preâmbulo, porém, está registrado no trecho acima, no qual o apóstolo refere-se à ação divina em Jesus para redimir os eleitos.


Esse trecho continua o raciocínio das passagens anteriores, nas quais Paulo vinha glorificando e dando graças ao Pai pelas bênçãos experimentadas pelos colossenses e pelos frutos da fé deles colocada eficientemente em prática. Agora, chegamos ao ponto em que a ousada afirmação do verso 12 (“dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz”) é esclarecida. Afinal, não é simples defender que somos dignos de tamanha preciosidade, principalmente para cristãos reformados que crêem na depravação total da humanidade pós-Queda.


Entender a obra de Deus em Cristo não é exatamente simples, mas é possível desde que tenhamos os corretos pressupostos e fundamentos. Apesar de sermos, por natureza, indignos de qualquer bênção ou dádiva divina, em razão de sermos pecadores, o fato de havermos sido escolhidos por Deus para a salvação desde a eternidade fez com que Ele, o Pai, enviasse Jesus, o Filho, para pagar o preço de nossa condenação, sendo nosso perfeito substituto.


Ao morrer e ressuscitar, Jesus Cristo, no mundo espiritual, transportou-nos das trevas da condenação do inferno para a presença maravilhosa e eterna de Deus, da qual passamos a desfrutar mesmo aqui na Terra (ainda que não plenamente). Nossos pecados foram perdoados e já não há condenação sobre nós.


Espero ter conseguido ajudar um pouco na compreensão de verdades tão profundas e maravilhosas, reveladas em poucas palavras pelo autor da carta. Desejo que o Espírito Santo aplique em nós o conhecimento real da Palavra e seja nosso mestre e professor. Estou à disposição também para tentar esclarecer algum ponto que tenha ficado obscuro.


Abraços, que Deus te abençoe e até amanhã (faltam 58 dias e 81 versículos)!

domingo, 21 de março de 2010

Dia 7 - 21/03/2010


Colossenses 1:11-12
"(...) e sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz."

"Eu tenho a força!" O jargão do He-man é desconhecido para os mais novos, mas marcou época no período da minha infância. Todos os meninos brincavam com suas espadas de plástico sonhando ter a força, o poder, a bravura do herói da TV. Os versículos acima mostram a necessidade de nos fortalecermos com o poder e a glória de Deus com uma finalidade clara e específica: perserverarmos e esperarmos com alegria.

A questão é: perservar em qual propósito? Ou melhor, o que devemos esperar, afinal de contas? A resposta vem em seguida, no momento em que Paulo incentiva os destinatários de sua preciosa correspondência a darem graças a Deus - Aquele que "nos tornou dignos de participar da herança dos santos na luz."

Entendo que a perseverança de que o apóstolo fala diz respeito a essa herança a nós destinada por Deus. Quer dizer: se Ele tem uma herança reservada para nós, devemos perservar pacientemente, aguardando pela concretização da promessa, quando receberemos esse legado espiritual. Essa verdade é ratificada pelas Escrituras, por exemplo, em Apocalipse: "sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida" (e outras passagens que ressaltam o valor da fidelidade e da perseverança).

A Queda tornou-nos indignos da presença eterna de Deus e nos destituiu de Sua glória. Em Cristo, porém, somos reconciliados com o Pai e recebemos constante e crescente enchimento de sua glória, renovando-nos na força do Senhor. Para que isso ocorra, porém, a orientação é clara: perseveremos e aguardemos com alegria a manifestação da presença de Deus, exercendo com fidelidade nosso chamado de servos, a fim de experimentarmos essa visitação maravilhosa do Seu poder - ou, se você preferir, o AVIVAMENTO do Senhor!

Não é pela força do He-man ou de quem quer que seja, mas pelo Espírito de Deus que podemos perseverar em meio às adversidades, mantendo e cultivando inexplicável alegria.

Que Deus te abençoe e até amanhã (faltam 59 dias e 83 versículos)!

sábado, 20 de março de 2010

Dia 6 - 20/03/2010


Colossenses 1:10
"E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus (...)".

Chegamos agora à revelação da finalidade principal das orações de Paulo pelos colossenses. O versículo 11 continuará a desenvolver esse objetivo, mas fiquemos hoje apenas no 10. O desejo do apóstolo era que seus irmãos vivessem de maneira digna do Senhor, agradando-no com suas vidas e frutificando em boas obras. Além disso, Paulo preocupa-se com o crescimento deles, a fim de que não se acomodassem com tudo aquilo que já haviam aprendido na caminhada com Cristo.

O que significa viver de maneira digna do Senhor? O que devemos fazer para agradá-lo? Estas são perguntas presentes nas mentes dos servos de Deus. Afinal, se cremos que pertencemos a Ele e que Ele nos ama profundamente, é natural que queiramos agradá-lo e glorificá-lo com nossas atitudes, palavras e pensamentos.

Creio, pela Palavra, que agradamos a Deus com nossa obediência - tema tratado no post de ontem. O povo de Israel buscava agradar a Deus e obter seu favor mediante a observância de sacrifícios - o que, em certo aspecto, representava obediência, uma vez que os rituais haviam sido instituídos pelo próprio Deus. No entanto, chegou um momento em que aqueles rituais não condiziam com a disposição verdadeira do coração de exaltar e agradar ao Senhor. Deus, então, passa a mostrar àquela nação que obediência sincera de coração vale muito mais do que holocaustos.

Quando crescemos em conhecimento de Deus e de Sua vontade, passamos a perceber pequenas atitudes ou disposições de coração que, em nossa rotina, podem ser transformadas, a fim de que as direcionemos à glória de Deus. O próprio compromisso de ser bênção para o irmão ou o próximo, praticando boas obras, deve decorrer da compreensão de que fomos criados para engrandecer e propagar o nome de Jesus no mundo.

Que Deus te abençoe e até amanhã (faltam 60 dias e 85 versículos)!

PS: a música do vídeo retrata essa reflexão final, principalmente ao dizer que o clamor de toda a Terra é ofertado como louvor a Deus - a versão que cantamos em português afirma que "o nosso clamor se espalhará"!


Dia 5 - 19/03/2010


Colossenses 1:9
"Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual."

Novamente encontramos uma menção de Paulo às suas orações pelos colossenses. Ele se alegrava pelo fato de o envagelho haver se disseminado entre eles, bem como pedia a Deus que aqueles irmãos conhecessem plenamente a vontade de Deus, com sabedoria e entendimento espiritual.

Nem sempre compreendemos, de fato, o significado da verdadeira sabedoria, ou do que seja entendimento espiritual. Não pretendo aqui definir tais conceitos, mas creio que, nesse contexto, Paulo clamava ao Senhor que desse àquelas pessoas o que ele mesmo havia recebido de Deus: uma visão correta acerca dos planos de Deus para suas vidas.

Paulo sabia exatamente o que o Pai esperava dele. O apóstolo deixava-se conduzir pelo Espírito e era obediente à voz do Senhor, às vezes contrária ao seu anseio ou projeto pessoal. Isso, para mim, reflete o enchimento da sabedoria e do entendimento espiritual. Paulo estava em comunhão profunda com Deus, a ponto de discernir e seguir Sua vontade. De igual modo, devemos buscar essa intimidade que nos guiará à obediência, porque sabemos que os planos de Deus são perfeitos e se cumprirão no tempo certo em nós.

Que Deus te abençoe e até amanhã (faltam 61 dias e 86 versículos)!

PS: segundo o blog, hoje é sábado, dia 20...é que postei de madrugada...mas como não dormi ainda, tá valendo como sexta-feira!!