sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O propósito


terça-feira, 7 de agosto de 2007

Liberdade para amar




"O encontro do homem com um Deus que não se deixa manipular pelas pretensões humanas leva-o ao encontro de sua própria liberdade. A liberdade de encontrar-se com Deus sem querer enquadrá-lo nos seus esquemas teológicos e ideológicos, de deixar que Deus seja apenas Deus e não um subproduto da nossa imaginação. É somente quando deixo o outro livre para ser quem é que me encontro também livre para amá-lo sem as exigências e expectativas retributivas."


Ricardo Barbosa. O Caminho do Coração.








O Rev. Ricardo Barbosa, em "O Caminho do Coração", começa a tratar da questão da espiritualidade e dos afetos a partir da experiência de Jó. Mostra, então, que o homem tem grandes dificuldades para viver uma vida de íntimo e pessoal relacionamento com Deus e com as pessoas porque está fixamente centrado em predisposições que dependem das circustâncias enfrentadas, da realidade em que está inserido.


O exemplo de Jó revela alguém que, sem qualquer razão aparente, passou a sofrer de uma forma profunda, sem encontrar resposta plausível para a situação desesperadora em que se encontrava. Deus, então, começa a demonstrar sua soberania e grandeza diante da limitação humana. Jó compreende que não pode basear seus relacionamentos (especialmente com o próprio Deus) numa lógica retributiva, vastamente verificável em nossos dias, em que se espera algo em troca quando se age. Por ser fiel, íntegro e justo, Jó acreditava merecer apenas o bem de Deus, e seus amigos tentaram convencê-lo de que todo aquele mal havia chegado a ele como consequência de algum pecado que lhe estava oculto. Seguiam, portanto, a mesma teologia retributiva.


Deus quer nos ensinar a nos relacionarmos com ele e com as pessoas de forma livre, independentemente do que Ele e elas possam nos oferecer. Deus deve ser amado por ser quem é, e não por fazer o bem a nós. Da mesma forma, precisamos amar as pessoas por serem criaturas de Deus e amadas por Ele. Devemos nos submeter à soberania de Deus com a alegria de saber que Ele é bom e sua misericórdia dura para sempre, mesmo quando o deserto está mais ermo do que nunca. Ele continua a te amar. Que Deus te abençoe!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Sermão do Monte


"The law sends us to Christ to be justified, and Christ sends us back to the law to be sanctified."

John Stott, in: Sermon on the Mount


O conteúdo do Sermão do Monte, ensina John Stott, não deve ser entendido apenas como um sistema de moralidade cristã, pois é destinado especificamente aos já convertidos, àqueles que nasceram de novo e estão em Cristo. Logo, as palavras de Jesus têm um significado mais profundo, que inclusive levam muitos a apontá-las como um ideal totalmente distante da capacidade humana. A questão é: não é a capacidade humana que nos permite praticar fielmente as ordens de Jesus. É a nova vida que temos nele, centrada no Espírito Santo, que é passível de ser guiada e conduzida em obediência e perseverança. É o exercício da verdadeira fé, sendo esta vivida e experimentada a partir do conhecimento de Deus. É por isso que Cristo, inicialmente, anunciou o Evangelho, para então dizer como se deve viver esse Evangelho. Nas palavras de A. M. Hunter:


"Jesus not only proclaimed that the kingdom of God had come with himself and his work; he also set before his disciples the moral ideal of that kingdom...It is the ideal adumbrated in the Sermon on the Mount."


Que o Senhor nos capacite a vivermos o Cristianismo autêntico e verdadeiro, centrado em Cristo e sua cruz. Sempre por sua graça e seu amor, manifestos na providência de Deus! Amém.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Cruz?


John Stott, no livro " Ouça o Espírito, ouça o mundo"(excelente, recomendo!), alerta-nos para uma verdade incontestável da vida do crente: precisamos centralizar nossa existência na pessoa de Cristo e na mensagem da cruz. Não existe Cristianismo sem Jesus, e também não existe Cristianismo sem cruz! A cruz é elemento essencial da nossa fé. É na cruz, por mais paradoxal que isso seja (afinal, trata-se de um instrumento de morte), que reside nossa esperança de vida eterna. A cruz representa o sacrifício. A cruz é acompanhada de promessas. A primeira delas: ressurreição. Ressureição siginifica, para nós, vida eterna. A ressurreição de Cristo materializou a vitória já conquistada desde antes da fundação do mundo. Vitória de Deus. Vitória de seu povo. Nossa vitória. Amor de Deus = Jesus. Jesus morto e ressurreto = vida eterna dada pelo pastor às suas ovelhas. É necessário e urgente que tenhamos compromisso com a cruz.
Ouçam: é a voz de muitas águas que se aproxima e se intensifica. É no tempo que se chama hoje a chance de fazer conhecida a mensagem da cruz. Deposite-se aos pés da cruz. Ore aos pés da cruz. Celebre a vitória do Cordeiro que nela morreu. Celebre ao Senhor Jesus, Rei dos reis. Ele voltará, aleluia.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

A regeneração humana: em qualquer idade, só por meio de Cristo!


Leiam a notícia. Atentem-se para o pequeno trecho em que se faz referência a uma igreja evangélica que o garoto começou a frequentar!

Só quem muda vidas é Jesus!! Que o mundo descubra essa verdade da salvação!


Pan-Americano 2007

Segunda, 9 de julho de 2007, 08h59 Atualizada às 10h32

"Ex-chefinho" do tráfico prega paz no Pan

Allen Chahad
Direto do Rio de Janeiro
Severino Silva (O Dia)/Allen Chahad (Terra)/Reprodução


Após trabalhar para o tráfico, garoto ajuda a pregar a paz

"Esse garoto era o capeta em forma de gente. Com certeza absoluta seria o próximo chefe do tráfico". A definição é consenso entre os moradores da favela da Rocinha quando falam sobre CDS, 10 anos. Há dois anos, ele ganhou o apelido de "Chefinho" após ser fotografado fingindo com as mãos atirar contra policiais durante confronto com criminosos. Hoje, porém, mudou de vida. Ajudou até a carregar a tocha simbólica para promover a paz nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.
A história de C.D.S. é parecida com a de muitas crianças dos morros cariocas. Perdeu o pai quando ainda era muito novo e foi abandonado pela mãe. Acabou adotado pelo tráfico e trabalhava de "aviãozinho", entregador de drogas e outros materiais dos criminosos. Porém, destemido e revoltado, se destacava em relação aos demais. No auge de sua relação com o mundo do banditismo, apareceu se equilibrando em um carro blindado brincando de atirar, sem qualquer sinal de medo da operação policial na Rocinha que buscava o chefe do tráfico Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi.
"Quantos locais de lazer você viu no morro?", questiona José Ricardo Ramos, o Bocão, após acompanhar a ida da reportagem do Terra à favela da Rocinha. "Essas crianças não têm o que fazer no morro. Precisam gastar energia de alguma maneira. Por isso acabam no crime", completa o professor de surfe e um dos responsáveis pela guinada na vida de "Chefinho". Bocão chegou à Rocinha com apenas 6 meses de vida. Sem nunca ter conhecido seus pais, foi adotado. Como fugiu do mundo do crime? "Sempre fui muito forte. Com apenas 10 anos eu já trabalhava. E me acostumei com isso", explica.
Com uma história de vida muito parecida com a de "Chefinho", Bocão resolveu ajudar o garoto. Enquanto uma família da Rocinha adotou a criança e ofereceu um lar, o surfista apresentou-lhe uma prancha, que serviu de ocupação no lugar do tempo que o menino passava nas ruas. A igreja evangélica também entrou na vida dele. Assim, unindo forças, a comunidade conseguiu fazer com que, segundo eles mesmos, C.D.S. "Chefinho" retornasse à escola e se passasse a ser um aluno dedicado.
Com um semblante muito mais tranqüilo se comparado ao de poucos anos atrás, o garoto recebeu neste domingo a tocha simbolizando o pedido de paz durante o Pan-Americano das mãos do coronel Jorge Braga, responsável pelo 23º Batalhão da Polícia Militar do Leblon. C.D.S. "Chefinho" encerrou o revezamento improvisado que passou pela favela da Rocinha, localizada no morro Dois Irmãos e que separa os bairros de São Conrado e Gávea, na zona sul da capital fluminense.


Redação Terra

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Caminho do céu

http://www.billygraham.org/SH_StepsToPeace.asp?BA=932&QR=108

Clique e veja uma animação que mostra como alcançar a vida eterna, em Cristo.
Billy Graham Evangelistic Association

*Em 12/06, faleceu Ruth Bell Graham, esposa de Billy Graham, aos 87 anos. Que Deus abençoe esse pregador incansável do Evangelho, consolando e confortando seu coração.

sábado, 16 de junho de 2007

Conquista da igualdade ou abdicação da identidade?

Comentário sobre o artigo da professora Alejandra Pascual, da UnB, doutora em Direito e coordenadora do grupo Direito e ações afirmativas: direitos humanos na diversidade, publicado em 12/06/07, com o título"Diversidade", que pode ser acessado em:
Romanos 1:18-32 (leiam)

É com muita tristeza que leio um artigo como esse. Significa que hoje, na verdade deveríamos comemorar os avanços no sentido da promoção da verdadeira igualdade, da eliminação do preconceito, com os 10 anos da parada-não-sei-de-quê (são tantas categorias distintas dos meus habituais "homem" e "mulher" que eu já nem sei mais como chamar esses eventos), cientes das necessidades de serem eliminadas as barreiras ainda presentes numa sociedade preconceituosa e conservadora.
Infelizmente, em nome do pluralismo e da convivência pacífica e harmônica, temos abandonado a nossa própria natureza, defendendo práticas e conceitos que, como a própria rejeição social indica, são contrários à lógica, ao propósito, para os que crêem, da criação de Deus. Sei que falar em Deus num ambiente "acadêmico" é altamente reprovável, mas não entendo o porquê de não falar, uma vez que a maioria absoluta dos estudantes e professores afirmam nEle crer - mesmo que atitudes e artigos científicos demonstrem o oposto.
A Bíblia é muito clara ao dizer que Deus criou o homem e a mulher, dando-lhes perfeita integração, fazendo com que, juntos, formassem uma só carne. Não houve um terceiro modelo, criado igualmente à imagem e semelhança de Deus. E a palavra de Deus diz ainda, em Romanos, que os sodomitas (em referência à cidade de Sodoma, que, juntamente com Gomorra, foi destruída por Deus após atingir um grau de iniquidade insuportável, principalmente em face do homossexualismo que era normal ali) não entrarão no Reino de Deus. O apóstolo Paulo repete isso em diversos momentos.
Nosso papel é, sim, dar tratamento digno e respeitar todas as pessoas, independentemente de sexo, cor, idade, condição física ou social. Deus é amor, e seus discípulos são conhecidos por essa característica. Entretanto, quando Jesus Cristo, impediu que a mulher adúltera seja apedrejada, não a isentou de seu erro, mas disse: "Vá e não peques mais". E, consciente de que eu sou tão pecador quanto qualquer outra pessoa, seja ela homo ou heterossexual, meu desejo mais profundo é tão-somente que todos tenham a mesma alegria que eu tive ao conhecer a Jesus e recebê-lo como meu Senhor e Salvador, sendo perdoado de meus pecados e liberto da condenação.
Jamais defenderei qualquer tipo de preconceito ou tratamento desigual, em relação a quem quer que seja. Contudo, nego-me, absolutamente, a comemorar o crescimento do homossexualismo e a afirmação de que esse comportamento é natural, sendo inclusive incentivado por tantos especialistas, como psicólogos, médicos, sociólogos e defensores dos direitos humanos. Os direitos humanos são apenas uma tentativa de preservação da real essência da criação de Deus, feita para glorificá-lo integralmente. Assim, que entendamos a diferença entre amor e aprovação, entre respeito e concordância. Cristãos, assumamos nossa identidade e nossa responsabilidade com o Reino de Deus, ou deixemos de lado tudo que Ele nos ensina e ordena, para seguirmos as circunstâncias ou as opiniões desses que, com belos discursos, ignoram a realidade do Evangelho e do verdadeiro amor, que busca o melhor de Deus para o homem.
Que Deus nos abençoe!!
Em Cristo,
Pedro Felizola

terça-feira, 12 de junho de 2007

A graça de Deus e a eleição: Efésios 1:4

"4. According as he hath chosen us. The foundation and the first cause, both of our calling and of all the benefits which we receive from God, is here declared to be his eternal election. If the reason is asked, why God has called us to enjoy the Gospel, why he daily bestows upon us so many blessings, why he opens to us the gate of heaven, - the answer will be constantly found in this principle, that he hath chosen us before the foundation of the world. The very time when the election took place proves it to be free; for what could we have deserved, or what merit did we possess, before the world was made? How childish is the attempt to meet this argument by the following sophism! “We were chosen because we were worthy, and because God foresaw that we would be worthy.” We were all lost in Adam; and therefore, had not God, through his own election, rescued us from perishing, there was nothing to be foreseen. The same argument is used in the Epistle to the Romans where, speaking of Jacob and Esau, he says, “For the children been not yet born, neither having done any good or evil, that the purpose of God according to election might stand, not of works, but of him that calleth.” (Rom. ix. 11). But though they had not yet acted, might a sophist of the Sorbonne reply, God foresaw that they would act. This objection has no force when applied to the depraved natures of men, in whom nothing can be seen but materials for destruction.
In Christ. This is the second proof that the election is free; for if we are chosen in Christ, it is not of ourselves. It is not from a perception of anything that we deserve, but because our heavenly Father has introduced us, through the privilege of adoption, into the body of Christ. In short, the name of Christ excludes all merit, and everything which men have of their own; for when he says that we are chosen in Christ, it follows that in ourselves we are unworthy."

Trecho do comentário de João Calvino sobre a Epístola de Paulo aos Efésios, capítulo 1, verso 4.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Buscar a Deus

“Precisamos deixar de lado a apatia, o orgulho, o preconceito e o pecado para buscar a Deus, sem levar em conta as conseqüências. De todos esses impedimentos para a busca de Deus, os últimos dois são os mais difíceis de ser superados – o preconceito intelectual e o autodesejo, isto é, o pecado. Tanto um quanto o outro são expressões do medo, e o medo é o maior inimigo da verdade. O medo faz paralisar a nossa busca. Sabemos que encontrar a Deus e aceitar a Jesus Cristo seria uma experiência inconveniente. Isso envolveria o repensar de toda a nossa perspectiva de vida e o reajustar de toda a nossa maneira de viver. E é a combinação da covardia intelectual e moral que nos faz hesitar. Não encontramos porque não buscamos; não buscamos porque não queremos encontrar; e sabemos que, para ter a certeza de que não encontraremos, não devemos buscar.”

John Stott. In.: Cristianismo Autêntico (2006: 25-26)

Nesse primeiro post, explico a minha motivação para criar esse espaço de discussão acerca da vida cristã e dos desafios impostos aos crentes e à Igreja nessa geração. Apesar do receio de cair no modismo de apontar o dedo acusador a toda manifestação de injustiça, sem que haja uma real correspondência entre a fé e a vivência, creio que o Senhor pode e vai capacitar os seus a permanecerem fiéis, com a disposição de não se calarem ante os absurdos intelectualmente exaltados e as perversões socialmente verificáveis nesses dias.
O Pr. Alcides Martins Junior, da Igreja Presbiteriana do Jardim Botânico – DF, da qual sou membro, trouxe-nos uma mensagem, dirigido pelo Espírito Santo, em que exortou o povo de Deus a não se conformar com este mundo, mas, antes, buscar cumprir o propósito do Senhor por meio: do conhecimento de Deus; do conhecimento de nossa época; da ação efetiva; e da acentuação da diferença (entre nós e a sociedade, por meio da construção de pontes).
Especialmente em face de diretrizes políticas e sociais que têm se propagado, a exemplo da lei da homofobia, das discussões acerca do aborto, do uso de células-tronco embrionárias, entre outras polêmicas recorrentes, surge o questionamento sobre o papel do servo de Cristo hoje. Como devemos reagir e nos posicionar diante desses desafios?
Esse trecho de John Stott aponta para o medo paralisante, que freia a busca a Deus. É impressionante a veracidade dessa afirmação do consagrado autor, quando diz que “[...] é a combinação da covardia intelectual e moral que nos faz hesitar”. Nitidamente, ficamos calados e não usamos o poder e a autoridade dados por Deus para anunciarmos sua Palavra, pregando salvação e restauração. O fato é que, conscientes da transformação operada por Deus naqueles que dele se aproximam, preferimos nos manter a uma certa “distância de segurança”. Garantimos o controle sobre nossas escolhas e decisões, a fim de darmos o nosso próprio significado à existência.
Conseqüentemente, nossos objetivos pessoais tornam-se banais. Nossa vida passa a girar em torno da satisfação de desejos imediatos. Tornamo-nos egoístas e insensíveis. Fechamos os olhos às necessidades do próximo. Consideramos o Cristianismo nossa religião e nossa ética, mas não pagamos o real preço de viver para Cristo, para a sua glória e o seu louvor.
É preciso despertar para o Cristianismo prático, ativo, fundado no conhecimento real e pessoal de Deus, de sua pessoa, de sua majestade e soberania. Viver o Evangelho vivo! Essa é a loucura que irá transformar o mundo.

“[...] o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior,
porém o Senhor, o coração.”
1 Samuel 16:7b