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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Chamados a fim... x Estamos a fim?



"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." 1a Pedro 2:9

Este texto define a Igreja de Deus como um povo especial, marcado pela bênção da eleição do Senhor. Em sua soberania, o Pai nos escolheu e chamou, tirando-nos da condenação eterna e nos transportando para o Reino do seu Filho, Jesus, por meio do qual recebemos VIDA.

A questao é: para quê, ou a fim de quê, fomos chamados?

Nossa geração é marcada pelo senhorio da vontade própria e individual. Cada pessoa só faz aquilo que quer, o que sente vontade, o que dá na telha. Ninguém se doa, ninguém cede, ninguém obedece, ninguém serve. Vivemos a geração "Eu quero, eu posso, eu faço."

Essa é uma das razões para a enorme quantidade de divórcios. Dois reizinhos unem-se e são incapazes de comungar interesses. Não conseguem abrir mão de nada para alegrarem-se mutuamente. Suas vontades e seus caprichos precisam ser atendidos. Não admitem o princípio biblico do papel de sacerdote e cabeça a ser exercido pelo marido. Querem uma relação de independência entre marido e mulher. A união é apenas física, mas não emocional, nem financeira e muito menos espiritual.

Deus chama os seus escolhidos para uma VIDA diferente, marcada pela obediência, pelo serviço e pela submissão. Não estamos neste mundo para satisfazer nossas vontades e nossos caprichos. Devemos obediência àquele que nos resgatou da morte e chamou para a vida. O senhorio do EU em nós foi substituído pelo senhorio de Cristo. O reizinho que havia em nós deu lugar ao escravo.

Não mais fazemos o que nosso coração parece querer ou estar a fim. Fazemos o que Cristo manda. O curioso é que, quanto mais o obedecemos, mesmo às vezes sem muita vontade, aprendemos a amar seus mandamentos e a desejar obedecê-los. Esse passa a ser nosso prazer, nossa alegria.

Portanto, se você, daqui para a frente, nao estiver muito a fim de fazer algo para Deus, ou se sua carne estiver muito a fim de contrariar a vontade de Jesus para a sua vida, lembre-se: o único "a fim" que interessa é o que nos define. Fomos chamados a fim de proclamarmos as virtudes de Deus. Anuncie a salvação recebida e viva a fim de glorificar o nome do Senhor. Eu tô a fim, e você?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Medo de Amadurecer - Lucas Gontijo

Quando analisamos os profetas, percebemos que todos eles foram chamados por Deus a uma obra que exigia muita maturidade, principalmente quando observamos que possivelmente alguns deles estavam ainda em plena juventude. Nessa idade queremos ser muito usados por Deus para grandes obras, e devemos nos dispor a Ele para isso, desde que entendamos que, na maioria das vezes, o tamanho das obras cresce na proporção da maturidade. Da mesma forma que não confiamos a liderança de célula a uma criança de cinco anos, Deus não dará uma obra que envolva tantas vidas e provoque tanta repercussão a alguém que não tenha responsabilidade consigo mesmo.

Ter responsabilidade significa saber lidar com a própria vida, e isso gera, diante de Deus, autoridade para lidar com a vida dos outros. Assim foram os profetas: lidaram com a própria vida e encararam as próprias crises. As lutas interiores que venceram deram-lhes forças para enfrentar o campo de batalha que estava em crise: a Nação de Israel. Jeremias foi o profeta chorão, mas antes de chorão era certamente profeta. Suas lágrimas demonstraram o quão humano era e como, para ele, era difícil lidar com a nação; mas nem por isso rejeitou o chamado para ser profeta. O tempo todo, ele lidou com os israelitas enquanto lidava consigo mesmo, sem desabar. Grandes obras exigem grande maturidade, grande senso de responsabilidade, grande seriedade com o que se faz.

Um “chamado de Deus” normalmente assusta. Ou seja, ou confronta o caminho em que o servo de Deus tem andado, ou traz uma proposta de vida totalmente nova e inesperada, para a qual não houve preparo. Como a história comprova, Deus chama para grandes obras pessoas que não sejam apegadas às circunstâncias de vida, nem à sua própria pessoa. Assim foi com Ester, Moisés, Davi, entre outros. Ao receber o chamado súbito de Deus, Ester aceitou ser a esposa de um rei persa, correndo risco de morte. Moisés, por sua vez, encarou as dificuldades que tinha para falar. De pastor de ovelhas, Davi matou um gigante e foi feito rei de Israel: algo que claramente exigiu amadurecimento. Todos foram pessoas que amadureceram por Deus e por Sua Obra. Mudaram de mentalidade e não fugiram dos desafios, abrindo mão do estado cômodo e costumeiro em que viviam.

Isto se aplica a nós da seguinte maneira: Não somos exclusivamente uma juventude que serve a Deus. Somos pessoas que servem a Deus, e juventude é apenas a fase na qual fazemos isso, com as características próprias da fase, mas que, querendo ou não, passará. Se não aceitarmos o processo de amadurecimento pelo qual temos de passar, como propósito de Deus para nossa vida, corremos o risco de ser, no futuro, adultos sem grandes sonhos (em razão da maturidade rejeitada) e ainda muito apegados às pequenas obras do passado.

A juventude traz consigo um grande dilema: vontade de fazer diferença no Reino de Deus, aliada, porém, ao desejo de parar o tempo e cristalizar a maneira como se pensa e as poucas responsabilidades. Na verdade, esta é a fase oportuna para abrirmos mão do que for preciso e amadurecer o que, interiormente, ainda está verde, em vista de um Grande Projeto de Deus para nós, o qual somente será confiado por Ele àqueles que tiverem maturidade para realizá-lo.

*Parabéns pelo texto, Lucas! Deus te abençoe! Pedro