quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Atrativos de Deus

Ainda em clima de Allister Mcgrath, em "Apologética cristã no séc. XXI: ciência e arte com integridade", posto trecho bastante interessante no qual, analisando o pós-modernismo, o autor elenca elementos essencias do cristianismo que constituem atrativos ao indivíduo, assim como as necessidades humanas às quais Deus supre plenamente. Tratam-se de poderosos instrumentos de evangelização, sendo efetivos para a superação de barreiras intelectuais e, sobretudo, emocionais à fé. Vamos às palavras de Mcgrath:

“O apologista cristão deve ser capaz de apresentar Deus em sua atratividade total, de modo que seus rivais no mundo sejam eclipsados. Quais são as atrações de Deus? Veja a seguir elementos importantes dessa apresentação. O apologista pode modificar ou suplementar conforme considerar apropriado:

1. A capacidade de Deus de satisfazer os mais profundos desejos humanos.

2. O imenso amor de Deus, conforme visto na morte de Cristo.

3. O relativismo não estabelece nada nem ninguém; a fé em Deus ancora as pessoas, dando-lhes estabilidade e significado para a vida.

A isso deveria ser adicionada nossa análise da relevância do cristianismo para a vida, incluindo argumentos de que ele satisfaz três necessidades principais:

1. A necessidade de haver uma base para a moralidade. O cristianismo oferece uma cosmovisão que leva à geração de valores e ideais morais que são capazes de dotar nossa existência de significado moral e dignidade.

2. A necessidade de haver um arcabouço para compreender a experiência, algo que se relaciona com a necessidade humana interna de entender as coisas.

3. A necessidade de uma visão para guiar e inspirar as pessoas. A vida sem uma visão ou uma razão para continuar adiante é sombria, melancólica e sem sentido.

Pp. 308-309

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Apologética - O problema do sofrimento


Alister Mcgrath faz uma interessante análise do problema do sofrimento como uma barreira intelectual à fé:


"O sofrimento e a glorificação são parte do mesmo processo de crescimento na vida cristã. Somos acolhidos na família de Deus, sofremos e somos glorificados (Romanos 8:14-18). Essa não é uma relação acidental. Todas essas coisas acham-se intimamente relacionadas na esfera do crescimento e progresso cristãos em direção ao objetivo último da vida cristã: a união final com Deus, para com ele permanecer para sempre (p. 195)." (...)


"Assim como o sofrimento é real, também são reais as promessas de Deus e a esperança de vida eterna. Não se trata de anestésico espiritual, elaborado simplesmente com o objetivo de nos capacitar a lidar com as tristezas da vida enquanto durarem. A morte e a ressurreição de Cristo, aliadas à dádiva do Espírito Santo, constituem penhor, garantia e segurança de que aquilo que foi prometido será um dia levado a cabo em gloriosa consumação. Por enquanto, lutamos e sofremos em meio à tristeza permeada de perplexidade. Um dia, porém tudo isso mudará em benefício do povo de Deus - Apocalipse 21:3-4 (p. 197)."