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quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Sermão do Monte


"The law sends us to Christ to be justified, and Christ sends us back to the law to be sanctified."

John Stott, in: Sermon on the Mount


O conteúdo do Sermão do Monte, ensina John Stott, não deve ser entendido apenas como um sistema de moralidade cristã, pois é destinado especificamente aos já convertidos, àqueles que nasceram de novo e estão em Cristo. Logo, as palavras de Jesus têm um significado mais profundo, que inclusive levam muitos a apontá-las como um ideal totalmente distante da capacidade humana. A questão é: não é a capacidade humana que nos permite praticar fielmente as ordens de Jesus. É a nova vida que temos nele, centrada no Espírito Santo, que é passível de ser guiada e conduzida em obediência e perseverança. É o exercício da verdadeira fé, sendo esta vivida e experimentada a partir do conhecimento de Deus. É por isso que Cristo, inicialmente, anunciou o Evangelho, para então dizer como se deve viver esse Evangelho. Nas palavras de A. M. Hunter:


"Jesus not only proclaimed that the kingdom of God had come with himself and his work; he also set before his disciples the moral ideal of that kingdom...It is the ideal adumbrated in the Sermon on the Mount."


Que o Senhor nos capacite a vivermos o Cristianismo autêntico e verdadeiro, centrado em Cristo e sua cruz. Sempre por sua graça e seu amor, manifestos na providência de Deus! Amém.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Cruz?


John Stott, no livro " Ouça o Espírito, ouça o mundo"(excelente, recomendo!), alerta-nos para uma verdade incontestável da vida do crente: precisamos centralizar nossa existência na pessoa de Cristo e na mensagem da cruz. Não existe Cristianismo sem Jesus, e também não existe Cristianismo sem cruz! A cruz é elemento essencial da nossa fé. É na cruz, por mais paradoxal que isso seja (afinal, trata-se de um instrumento de morte), que reside nossa esperança de vida eterna. A cruz representa o sacrifício. A cruz é acompanhada de promessas. A primeira delas: ressurreição. Ressureição siginifica, para nós, vida eterna. A ressurreição de Cristo materializou a vitória já conquistada desde antes da fundação do mundo. Vitória de Deus. Vitória de seu povo. Nossa vitória. Amor de Deus = Jesus. Jesus morto e ressurreto = vida eterna dada pelo pastor às suas ovelhas. É necessário e urgente que tenhamos compromisso com a cruz.
Ouçam: é a voz de muitas águas que se aproxima e se intensifica. É no tempo que se chama hoje a chance de fazer conhecida a mensagem da cruz. Deposite-se aos pés da cruz. Ore aos pés da cruz. Celebre a vitória do Cordeiro que nela morreu. Celebre ao Senhor Jesus, Rei dos reis. Ele voltará, aleluia.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Buscar a Deus

“Precisamos deixar de lado a apatia, o orgulho, o preconceito e o pecado para buscar a Deus, sem levar em conta as conseqüências. De todos esses impedimentos para a busca de Deus, os últimos dois são os mais difíceis de ser superados – o preconceito intelectual e o autodesejo, isto é, o pecado. Tanto um quanto o outro são expressões do medo, e o medo é o maior inimigo da verdade. O medo faz paralisar a nossa busca. Sabemos que encontrar a Deus e aceitar a Jesus Cristo seria uma experiência inconveniente. Isso envolveria o repensar de toda a nossa perspectiva de vida e o reajustar de toda a nossa maneira de viver. E é a combinação da covardia intelectual e moral que nos faz hesitar. Não encontramos porque não buscamos; não buscamos porque não queremos encontrar; e sabemos que, para ter a certeza de que não encontraremos, não devemos buscar.”

John Stott. In.: Cristianismo Autêntico (2006: 25-26)

Nesse primeiro post, explico a minha motivação para criar esse espaço de discussão acerca da vida cristã e dos desafios impostos aos crentes e à Igreja nessa geração. Apesar do receio de cair no modismo de apontar o dedo acusador a toda manifestação de injustiça, sem que haja uma real correspondência entre a fé e a vivência, creio que o Senhor pode e vai capacitar os seus a permanecerem fiéis, com a disposição de não se calarem ante os absurdos intelectualmente exaltados e as perversões socialmente verificáveis nesses dias.
O Pr. Alcides Martins Junior, da Igreja Presbiteriana do Jardim Botânico – DF, da qual sou membro, trouxe-nos uma mensagem, dirigido pelo Espírito Santo, em que exortou o povo de Deus a não se conformar com este mundo, mas, antes, buscar cumprir o propósito do Senhor por meio: do conhecimento de Deus; do conhecimento de nossa época; da ação efetiva; e da acentuação da diferença (entre nós e a sociedade, por meio da construção de pontes).
Especialmente em face de diretrizes políticas e sociais que têm se propagado, a exemplo da lei da homofobia, das discussões acerca do aborto, do uso de células-tronco embrionárias, entre outras polêmicas recorrentes, surge o questionamento sobre o papel do servo de Cristo hoje. Como devemos reagir e nos posicionar diante desses desafios?
Esse trecho de John Stott aponta para o medo paralisante, que freia a busca a Deus. É impressionante a veracidade dessa afirmação do consagrado autor, quando diz que “[...] é a combinação da covardia intelectual e moral que nos faz hesitar”. Nitidamente, ficamos calados e não usamos o poder e a autoridade dados por Deus para anunciarmos sua Palavra, pregando salvação e restauração. O fato é que, conscientes da transformação operada por Deus naqueles que dele se aproximam, preferimos nos manter a uma certa “distância de segurança”. Garantimos o controle sobre nossas escolhas e decisões, a fim de darmos o nosso próprio significado à existência.
Conseqüentemente, nossos objetivos pessoais tornam-se banais. Nossa vida passa a girar em torno da satisfação de desejos imediatos. Tornamo-nos egoístas e insensíveis. Fechamos os olhos às necessidades do próximo. Consideramos o Cristianismo nossa religião e nossa ética, mas não pagamos o real preço de viver para Cristo, para a sua glória e o seu louvor.
É preciso despertar para o Cristianismo prático, ativo, fundado no conhecimento real e pessoal de Deus, de sua pessoa, de sua majestade e soberania. Viver o Evangelho vivo! Essa é a loucura que irá transformar o mundo.

“[...] o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior,
porém o Senhor, o coração.”
1 Samuel 16:7b